O tempo é dono do curso da nossa vida, companheiro de tudo o que a permeia, nunca estático. Diante disso, estamos sempre nos movimentando nesse espaço que é a vida, a nossa jornada, hora pertencendo a determinados grupos, locais, pensamentos, ideais, hora mudando as escolhas, fazendo um rebuliço dentro de nós mesmos e tomando outras direções. É um processo natural e deveria ser visto como tal, mas porque nós seres humanos somos tão resistentes às mudanças e a reconhecer que o outro pode mudar?! Mudanças não têm a ver com perda de identidade, perda de caráter ou de essência: têm a ver com encontro, muitas vezes consigo mesmo, têm a ver com crescimento, com sair da zona de conforto, descobertas e com adaptar-se ao seu atual momento. Mudar pode ser até uma forma de defesa mental. A verdade é que vamos nos transformando lentamente, sendo guiados pelas nossas crenças de vida, nos aproximando e distanciando de coisas, fechando e abrindo ao novo, indo e voltando, carregando as bagagens de uma trajetória longa, lembrando das origens, aprendendo mas também mantendo coisas boas, personalidade, maneira de sorrir, de brincar, de lidar com as frustrações... têm coisas que mudam e outras que permanecem intactas. Têm momentos onde entramos no nosso próprio casco - resguardo e reflexão interior. Têm momentos que precisamos refletir com o outro sobre nós - abertura e acolhimento. Em ambas situações ganha-se, aprende-se. 

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