O que eu sei é diferente do que eu sinto - e está tudo bem!

Esse texto é primeiramente para as mulheres, pois foi sua reflexão nasceu de uma mulher que admiro muito e trouxe essa fala para uma de nossas conversas. Ainda assim, acredito que nós, seres humanos que vivemos dentro de sistemas, precisamos refletir sobre as culpas, os pesos de ser quem somos, de fazermos e escolhermos determinadas coisas, mesmo sabendo e muitas vezes lutando contra essa mesma coisa. 

O assunto de hoje é nossa relação com nosso próprio corpo!

Mulher, feminista, nutricionista, branca e acima do peso para os padrões - umas celulites aqui e acolá, estrias e alguns dias com pelos nas axilas. Um dia me sentindo super bem nua em frente ao espelho, empoderada e defensora de corpos livres, da "saúde em todos os tamanhos"... outro dia querendo emagrecer, me sentindo feia e nada sexy... É possível e compreensível ambas as situações em uma pessoa só?

A resposta está no título do texto!

Está tudo bem sentir coisas que vão contra aquilo que acreditamos e defendemos. Está tudo bem acordar um dia se sentindo um pouco menos sexy que no dia anterior e desejar ter uns quilinhos a menos. É normal agir dessa forma, ainda mais se você navega no instagram ao menos 1 vez no dia e vive neste planeta terra.

Somos constantemente bombardeadas por imagens, falas e exemplos do "certo" e do "errado" no quesito corpo. Essas coisas externas vão penetrar nossas ideias e fazer parte de quem somos também. Vez ou outra seremos confrontadas por nós mesmas: "porque eu duvido da minha beleza?" e isso é normal, pois vivemos em um mundo capitalista, consumista e que padroniza comportamentos, beleza e...corpos. Isso significa que estamos expostas à todo tipo de ideia ou opinião, não somente àquelas que acreditamos e defendemos.

Podemos e devemos nos permitir sentir qualquer coisa - a grande questão é ter a ferramenta que nos possibilita decidir qual caminho trilhar - 

essa ferramenta chama-se criticidade!



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