Um vendaval passa no dia - carregado de pensamentos tristes, lembranças, saudade e também anseios. Respira. Dá-se um tempo, o tempo que o corpo e a mente necessitam para se rearranjar. Procura-se colo, ouvido ou até mesmo o silêncio do outro que está ali para ajudar com o fardo, se propondo a servir de apoio, de parada no meio dessa jornada louca que são as nossas escolhas. Essas mesmas escolhas nos trouxeram para essas pessoas que hoje estão aqui, nos servindo. E não há nada mais belo do que encontrar alguém que te serve - de servir mesmo, de distribuir, dar, se colocar ao seu dispor, se apossar da sua dor levando em troca o amor e a compreensão - assim como o sol que desponta no horizonte após a tempestade. Ter um "sol" particular é ter um pedacinho do céu consigo. Nos tempos de vendavais a gente se resguarda mas se deixa esquentar pela luz daqueles que olham por nós. É uma pausa para o recomeço.  
- Foto: Céu de Brasília sob os olhos do meu sol particular -

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